23 de junho de 2011





a dor que me consome, não é dor que te consome, é apenas a minha dor.
Embriagada, enojada, mais uma garrafa
Descreditada de todos,entojada do mundo que me acomete.
Gozando da própria morte e dançando em túmulos desfeitos pelo tempo,
Sujando a história.
Sangrando em cima daquilo que chamam
Amor.


Mentiras bem contadas e bem
Presenteadas.
Mentiras bem penteadas, e perfumadas.
Mentiras que fazem as melhores histórias.
De amor, sangrando em vão.
Naquilo que amor me chama,
O realismo é pesar, 
E o amor é bostar.
Sinta que a vida lhe flui,
Novamente fluir para dentro?
Queira sentir que não
Vou fluir para longe deste corpo, talvez
Seja o vício de torpor? 

Novamente desejada de mentiras doces que me façam chorar!


Honestamente dizendo aos pobres que
Nada posso oferecer,

Pois nada tenho do que eles querem e irão continuar a querer.
Que faz o fluir?
Pergunta-me! pergunta-te!
Eu necessito respondê-las para não sofrer
Sangra-me! Machuca-me, ponha-me em provas.


Ah tanto tempo que faz-me o fluir 
Enlouquecer?
Junte as mãos em oração e peça por redenção,
A criatura do meu fluir irá percorrer as ruas.
Noturnamente, soturnamente percorrer você.


Nada mais do que fluir será necessário.
Para que irei fluir? Profanar o discurso será omitir a verdade?
Ou sou apenas o fato, que novamente descascado e provido de emoções
Sangra na tua amargura.
Lhe amar, Loucura.
Lhe amar, Fluir que me leva a vida!