Algo no chão,
A mesa em um lugar diferente daquele que lembrava.
Alguém?
Será que havia alguém lá para lhe machucar?
Os pés doloridos, a maquiagem já incomodava agarrada na pele.
Cansaço, as roupas justas já faziam daquilo
Um castigo.
Alguém?
Ninguém, talvez não fosse nada e sim a memória fraca que tanto lhe ocorre.
Não havia ninguém ali, desde alguns meses atrás, depois daquele dia, ninguém mais havia.
Sabia que não era necessário perguntar porque nada haveria de responder,
Nem voz,
Nem barulho e nenhuma respiração.
Ausência, apenas havia ausência ali.
Talvez tivesse sido a ausência que tenha esbarrado na mesa, enquanto já estava encharcada
De álcool.
Tivesse deixado aquela coberta no sofá,
E aquela xícara jogada em cima do livro do Bandeira.
Aquele livro que levava à infância de uma menina que amava ler a "Droga do Amor"
E os Caras.
Era a ausência que havia chegado ali bêbada
Esbarrado na mesa.
Pego a coberta do quarto e se jogado no sofá enquanto alucinava.
Lembrando-se que precisava trabalhar deve ter ido fazer café
Na volta com a xícara não mão.
Parou na estante e pegou aquele livro
E ficou o resto do dia, sendo ela mesma.
Sendo sua ausência por escolha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário