31 de janeiro de 2011

Homem.

Possuis o o método do enlouquecer calado?
Frenético, o homem pede por paz, mas ele diz paz
Apenas a boca aberta e os olhos fechados num instante de pedido, 
Sem saber realmente o que será paz.


Se perde ao meio de todos os começos,
Não acredita em possível começo distinto dos outros marcados em si
Se quem der, ou dizer, o homem acredita em si!
Espatifado, no chão e massacrado, derrotado talvez pelo que nem se pode dizer causa De Derrotar!
O homem julga com seu dedo sempre pronto para apontar. 
Gordo, magro, mediano, pequeno, sempre 
Apontando para a cara do amigo, do inimigo, do amado, do mal amado.
Assim, meio fraco, fraco fracassado
Julga-se no direito de condenar? 
Ou simplesmente julgar aquilo que vê e não pode engolir.


Perdido entre os rios da enchente, 
Não tem a capacidade de imaginá-los fontes de cristais, irreal.
Preso em seu próprio banco de imagem
Fecha as portas para a alma de sua indecência de querer voar na noite, 
Na quentura do sol matinal
Deixa, homem, as portas desta casca abrirem-se
E dê chance ao amor do Sol e da Lua.


E prostrado as grades de sua inconsciência, deixa-se fazer por fazer.
Sentes vergonhas, homem, de seu rio de lágrimas. 
Do poder do falar sem temer o próximo minuto.
Homem, que de face maculada teme em gozar da loucura.


Ah, homem, apenas faça o favor de
Não abrir e fechar esta tua boca contida
Num pedido de paz.

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