23 de janeiro de 2011

Resposta Final

Mais um gole, beba até o último gole de tua face
Amarga, desprezível, distante de todos nós.
Quem sabe alguém poderá fazer-te sentir 
Entre "família"?
Cansada, de uma caçada por algo tão inexistente
Espremida entre as próprias de minha consciência.
Machucada por um amor imbecil.
Beba, beba até o último gole,
Já que a esperança não te é mais bem vinda
E nem ela gostaria de iludir um coração tão
Velho, antigo, antiquado. Inadequado a qualquer companhia.
Não há mais sorrisos, 
O amor foi-se embora, pedindo licenças
Mais o idiotismo o prendia aqui, no peito.
Agora, já não se sente mais amor, ou sorrisos.


Qual a máscara da ocasião?
Viver? Simplesmente viver para um mundo um tanto indiferente?
Ninguém me mostrou que devo ser especial
Só mais uma, mais outra.
Aqui e acolá caem corpos
O teu é só mais um que um dia cairá.
Mais uma companhia indiferente.


Mas por que não poder me conformar?
Por que as estrelas estão no céu todos os dias
E os humanos na terra?
Não somos bons habitantes , não sabemos zelar por um ser.
Estrelas que deviam estar na terra, não nós.


Estamos indiferentemente condenados a mortal
Indiferença do ato de viver.
Pode chorar, grite se te convém, a cousa não muda.
Indiferentemente condenada não me convém
E isto apenas faz o mundo arrancar mais minha alegria.
Conformismo de estar condenada à indiferença de sentir,
Não poderia aceitá-lo. Não me engole.


Uma resposta final?
Oca, estou totalmente oca
Como uma folha morta, seca
Onde nada pousa, ou resiste a secura
Condenada de dous pares de olhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário