Desejo inerte de sentir novo calor.
Profunda angústia de sentir-se tão cheio e tão só.
Deter tanta cultura e sabedoria em rugas
Para com as paredes compartilhar.
Lucidez que já te engana
Mostrando que as paredes tomam formas
E cobram de ti a nova paga.
Jornais que se mostram a ti
Com bocas sedentas por fome de ausência de libertinagem.
Comendo e roendo as bordas de tua ignorância,
Cala-te diante de algo maior e mórbido.
Chora os ninhos de pavor que tuas crias contam.
Usufrua de tanto poder
Mas e por que isto?
Afinal, para que devo assim vestir-me?
Não indagas, pois o jornal
Haverá de ouvir-te mesmo em pensamento
E novamente arreganhará tua boca de falsas letras
Partindo para sua mente liberta de grades!
Luta! Luta!
Não deixes aprisionar-te em tua própria casa!
Não faça o que mandem!
Não deixe que te enquadrem!
Novamente..!
Enjaulado
Mostramos a nossa melhor espécie:
o Ignorante.
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