23 de julho de 2011

Boêmio

Não viajei neste ultimo momento
Esperando uma salva de palmas ao meu adeus.
Traguei mais pelo medo do que pelo sabor de gostar daquilo,
Nem sempre me encontro gostando de tudo que eme oferecem, se é que um dia gostei.
Sinto até que me movo perdido, por movimentos simétricos
Ou tento assim mantê-los.


Jaz o inconsciente que liberto na noite
Honestamente eu me vi usando muito a favor, e na verdade
Não lembro-me do que usei, ou fumei.
Talvez as ervas já tenham acabado comigo,
Se é que um dia elas existiram!


Imitando o passo do passarinho
Entrelinhas que outros falam que Deus sabe,
Mas, nem sei quem Deus é.
Bebe? Fuma? Frequenta o que?
Sabemos mesmo quem são os que nos dizem ser?
Louco de mim eu achei que viriam
Saudar, louva, amar, sentir, cheirar e todos com "-me"
Mas.
Não houve "-me" nenhum, houve algo?
Ah não ser eu embriagado na madrugada, voltando do barzinho caótico
Pobre, e de verdadeiros artistas.


E senhor que sou eu,
Volto mais uma vez para meu apartamento
Tumultuado de tanta ausência na Rua Augusta.
Embelezando a paisagem com a sombra escura de corvo bêbado que sou.

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