28 de julho de 2011

Janela de Minha Casa

Joguei para fora, os amores de uma bela vida.
Despi-me da sujeira que se apegou a mim ao abraço lá fora,
Molhei o corpo e decidi chorar pelo fato de que
Há muitas janelas em casa.
Tomei o banho, talvez pela conveniência
Ou pela tradição e até mesmo pela ilusão de que ficarei "limpa"

Mas não sinto cheiro de alívio.


Sozinha, eu sento dentro daquele roupão velho e fofo, na cama
Trato dos cabelos para que quando tocarem a campainha,
Não se assustem.
Roupa velha, calçados velhos, pelo menos aqui posso.



O vinho, a taça.
Sozinha, eu fico olhando pela janela da sala,
A maior janela de minha casa e a mais triste
Pois mostra muito do que lá fora eu não queria ver.

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