Possuis o o método do enlouquecer calado?
Frenético, o homem pede por paz, mas ele diz paz
Apenas a boca aberta e os olhos fechados num instante de pedido,
Sem saber realmente o que será paz.
Se perde ao meio de todos os começos,
Não acredita em possível começo distinto dos outros marcados em si
Se quem der, ou dizer, o homem acredita em si!
Espatifado, no chão e massacrado, derrotado talvez pelo que nem se pode dizer causa De Derrotar!
O homem julga com seu dedo sempre pronto para apontar.
Gordo, magro, mediano, pequeno, sempre
Apontando para a cara do amigo, do inimigo, do amado, do mal amado.
Assim, meio fraco, fraco fracassado
Julga-se no direito de condenar?
Ou simplesmente julgar aquilo que vê e não pode engolir.
Perdido entre os rios da enchente,
Não tem a capacidade de imaginá-los fontes de cristais, irreal.
Preso em seu próprio banco de imagem
Fecha as portas para a alma de sua indecência de querer voar na noite,
Na quentura do sol matinal
Deixa, homem, as portas desta casca abrirem-se
E dê chance ao amor do Sol e da Lua.
E prostrado as grades de sua inconsciência, deixa-se fazer por fazer.
Sentes vergonhas, homem, de seu rio de lágrimas.
Do poder do falar sem temer o próximo minuto.
Homem, que de face maculada teme em gozar da loucura.
Ah, homem, apenas faça o favor de
Não abrir e fechar esta tua boca contida
Num pedido de paz.
31 de janeiro de 2011
29 de janeiro de 2011
Bem vinda ao novo mundo.
Pegue seu ticket de ingresso a este novo inferno.
Deixe todos os restos de um ser para trás, e rume avante.
Não precisarás de amor, de sorrir, de alegrar,
Apenas haverá a euforia de adrenalina que percorre as veias.
Aqui ninguém ama ou sente algo por outro
Aqui ninguém sabe o que é ser humano
Ninguém entende o que é paz.
Aqui ninguém existe.
Apenas se importe como terás de viver
Se por acaso revoltar-se, avisamos:
“Terás de suportar a dor de estar sozinha na rua a mercê de violência, desgraça e fome”.
Neste mundo, apenas estão pessoas fadadas a uma vida,
Então deixe tudo que acreditava para trás.
Não traga conceitos e opiniões pessoais,
Aqui trataremos de fazer que se enquadre em nossos perfis
Nossas caixas e suas respectivas opiniões e pensamentos.
Não se preocupe, ajeitaremos tudo para que tu sintas como é viver.
Preocupe-se inteiramente como ganhar dinheiro
Esta é a lei deste novo mundo:
Dinheiro! Dinheiro!
Dinheiro aqui,
Compra amor,
Compra sexo,
Compra prazer e
Compra sorrisos.
Não se esborrache com a primeira desilusão.
Aqui jaz rostos bonitos e instigantes,
Cada um com sua marca e seu detalhe distinto,
Mas não se engane:
“Aqui ninguém irá te amar”.
Suas memórias não serão tão úteis aqui
A menos que queira se lembrar
De como um dia foste alegre e tivestes paz
As tuas memórias aqui irão apenas te trazer dor
E uma profunda angústia incontida
De ter nascido neste inferno.
O frio é o que mais irás sentir
Acostuma-te com ele, acostuma-te com o peso de uma parede exageradamente,
Fria e pesada.
Aqui sentir o ar entrando nos pulmões é perigoso
Algum vírus poderá entrar dentro de ti
E te fazer mais doente do que se tornarás.
Moléstia, adoecer e padecer.
Acostuma-te também com estas palavras
Pois se te rejeitar a enquadrar-se na sua posição e deixar o cimento secar na sua alma
Irás adoecer, serás acometida de uma profunda dor,
Que alguns remédios poderão lhe dar a falsa sensação de ameno
Mas jamais haverá cura para o que irás sentir.
Mas perdoe-me, apenas estou te informando deste mundo, não me culpe.
Se não poderás mudá-lo.
Tomes cuidado com a enganação, que é a base do viver aqui.
Não há meios de mudar o que aqui se apoderou.
O Diabo fez a questão de visitar este lugar
E ele poderá te visitar também, quando não sentires mais a alma.
Bem vindos ao novo mundo!
Onde apenas a indiferença reina nos olhos e corações
Na respiração, no andar, no fazer,
No prazer,
Apenas
Indiferença.
Eis a regra do novo mundo:
Indiferença.
27 de janeiro de 2011
Matei meus heróis,
Quando descobri que não os tinha.
Fui matando cada conceito apresentado
Por mais novo que seja, é apenas a mesma cousa fatiada
Com a nova embalagem.
Fui perdendo a esperança
Assim que vi que ilusão não alimenta o corpo
Fui matando a felicidade
Quando descobri a que pacote e preço pertencia.
Fui quebrando sorrisos
Já que eles nunca foram dirigidos aos meus olhos.
Amargurando uma vida?
Pode ser, mas eu estive este tempo todo
Colorindo o céu da minha
Existência.
Quando descobri que não os tinha.
Fui matando cada conceito apresentado
Por mais novo que seja, é apenas a mesma cousa fatiada
Com a nova embalagem.
Fui perdendo a esperança
Assim que vi que ilusão não alimenta o corpo
Fui matando a felicidade
Quando descobri a que pacote e preço pertencia.
Fui quebrando sorrisos
Já que eles nunca foram dirigidos aos meus olhos.
Amargurando uma vida?
Pode ser, mas eu estive este tempo todo
Colorindo o céu da minha
Existência.
26 de janeiro de 2011
23 de janeiro de 2011
Resposta Final
Mais um gole, beba até o último gole de tua face
Amarga, desprezível, distante de todos nós.
Quem sabe alguém poderá fazer-te sentir
Entre "família"?
Cansada, de uma caçada por algo tão inexistente
Espremida entre as próprias de minha consciência.
Machucada por um amor imbecil.
Beba, beba até o último gole,
Já que a esperança não te é mais bem vinda
E nem ela gostaria de iludir um coração tão
Velho, antigo, antiquado. Inadequado a qualquer companhia.
Não há mais sorrisos,
O amor foi-se embora, pedindo licenças
Mais o idiotismo o prendia aqui, no peito.
Agora, já não se sente mais amor, ou sorrisos.
Qual a máscara da ocasião?
Viver? Simplesmente viver para um mundo um tanto indiferente?
Ninguém me mostrou que devo ser especial
Só mais uma, mais outra.
Aqui e acolá caem corpos
O teu é só mais um que um dia cairá.
Mais uma companhia indiferente.
Mas por que não poder me conformar?
Por que as estrelas estão no céu todos os dias
E os humanos na terra?
Não somos bons habitantes , não sabemos zelar por um ser.
Estrelas que deviam estar na terra, não nós.
Estamos indiferentemente condenados a mortal
Indiferença do ato de viver.
Pode chorar, grite se te convém, a cousa não muda.
Indiferentemente condenada não me convém
E isto apenas faz o mundo arrancar mais minha alegria.
Conformismo de estar condenada à indiferença de sentir,
Não poderia aceitá-lo. Não me engole.
Uma resposta final?
Oca, estou totalmente oca.
Como uma folha morta, seca
Onde nada pousa, ou resiste a secura
Condenada de dous pares de olhos.
Amarga, desprezível, distante de todos nós.
Quem sabe alguém poderá fazer-te sentir
Entre "família"?
Cansada, de uma caçada por algo tão inexistente
Espremida entre as próprias de minha consciência.
Machucada por um amor imbecil.
Beba, beba até o último gole,
Já que a esperança não te é mais bem vinda
E nem ela gostaria de iludir um coração tão
Velho, antigo, antiquado. Inadequado a qualquer companhia.
Não há mais sorrisos,
O amor foi-se embora, pedindo licenças
Mais o idiotismo o prendia aqui, no peito.
Agora, já não se sente mais amor, ou sorrisos.
Qual a máscara da ocasião?
Viver? Simplesmente viver para um mundo um tanto indiferente?
Ninguém me mostrou que devo ser especial
Só mais uma, mais outra.
Aqui e acolá caem corpos
O teu é só mais um que um dia cairá.
Mais uma companhia indiferente.
Mas por que não poder me conformar?
Por que as estrelas estão no céu todos os dias
E os humanos na terra?
Não somos bons habitantes , não sabemos zelar por um ser.
Estrelas que deviam estar na terra, não nós.
Estamos indiferentemente condenados a mortal
Indiferença do ato de viver.
Pode chorar, grite se te convém, a cousa não muda.
Indiferentemente condenada não me convém
E isto apenas faz o mundo arrancar mais minha alegria.
Conformismo de estar condenada à indiferença de sentir,
Não poderia aceitá-lo. Não me engole.
Uma resposta final?
Oca, estou totalmente oca.
Como uma folha morta, seca
Onde nada pousa, ou resiste a secura
Condenada de dous pares de olhos.
18 de janeiro de 2011
Embriaguez
Caindo, caindo
Becos aos becos, diga-se "salve!"
Bêbado? Embriaguez?
Por quê?
Não se importe com a mão estendida
Ninguém se importará com o corpo caído
Cousa nenhuma fará
Com que o homem pare.
Andando, avançando.
Mas por quê?
Não vejo mais algo
Não há nada neste caminho.
E mais um beco,
Outro, noutro, antigo, novo.
Reformado, já me reformei tantas vezes.
A bebida de novo chama.
Outra noite,
Não pretendo andar com os homens.
Eu quero beber, me embriagar
Esquecer de que eu também sou homem.
Becos aos becos, diga-se "salve!"
Bêbado? Embriaguez?
Por quê?
Não se importe com a mão estendida
Ninguém se importará com o corpo caído
Cousa nenhuma fará
Com que o homem pare.
Andando, avançando.
Mas por quê?
Não vejo mais algo
Não há nada neste caminho.
E mais um beco,
Outro, noutro, antigo, novo.
Reformado, já me reformei tantas vezes.
A bebida de novo chama.
Outra noite,
Não pretendo andar com os homens.
Eu quero beber, me embriagar
Esquecer de que eu também sou homem.
O vento bate, não bate com força,
Apenas roça minha face, produzindo amor.
Penso que se pudesse transformaria-me-ei em um pássaro
Algo que pudesse me libertar dos limites
Das jaulas deste corpo.
Como pássaro, eu voaria
Entre céus e horrores
Eu sentiria o vento como meu único abrigo
Não temeria outras mãos
Fugiria de todos os lugares onde aparências fizessem títulos de bondade ou não.
Como pássaro
Eu sumiria deste lugar, para esquecer de sempre que um dia estive presa às grades
Deste corpo.
Apenas roça minha face, produzindo amor.
Penso que se pudesse transformaria-me-ei em um pássaro
Algo que pudesse me libertar dos limites
Das jaulas deste corpo.
Como pássaro, eu voaria
Entre céus e horrores
Eu sentiria o vento como meu único abrigo
Não temeria outras mãos
Fugiria de todos os lugares onde aparências fizessem títulos de bondade ou não.
Como pássaro
Eu sumiria deste lugar, para esquecer de sempre que um dia estive presa às grades
Deste corpo.
Estás Satisfeito?
Bate, bate o pé.
Grito até os nervos de meu pescoço se saltarem,
Mais lágrimas caem limpando os rastros de fumaça de minha pele.
Como eu não quero acreditar neste fato.
Tanto fogo, causado por tanta fome
Fome imbecil por ganância, ambição
Características tuas, meu senhor homem
Humano besta, besta e estúpido.
Está satisfeito agora?
Ninguém chora ou grita perturbando teu sono.
Ninguém se opõe a tuas decisões,
O dinheiro é todo seu.
Corpos que caem dali e caem de cá
O mundo não é mal, filho,
Ele é justo.
Não se pode matar sem ter consequências, não aqui.
O mundo esta mostrando quanta dor sentiu.
E ele não mais, esta preocupado com seus habitantes.
O homem precisa pagar, o homem cria o homem destrói.
Agora é a vez de o mundo criar, apagar e destruir.
Está satisfeito agora, meu senhor homem?
Mais corpos estão caindo.
Grito até os nervos de meu pescoço se saltarem,
Mais lágrimas caem limpando os rastros de fumaça de minha pele.
Como eu não quero acreditar neste fato.
Tanto fogo, causado por tanta fome
Fome imbecil por ganância, ambição
Características tuas, meu senhor homem
Humano besta, besta e estúpido.
Está satisfeito agora?
Ninguém chora ou grita perturbando teu sono.
Ninguém se opõe a tuas decisões,
O dinheiro é todo seu.
Corpos que caem dali e caem de cá
O mundo não é mal, filho,
Ele é justo.
Não se pode matar sem ter consequências, não aqui.
O mundo esta mostrando quanta dor sentiu.
E ele não mais, esta preocupado com seus habitantes.
O homem precisa pagar, o homem cria o homem destrói.
Agora é a vez de o mundo criar, apagar e destruir.
Está satisfeito agora, meu senhor homem?
Mais corpos estão caindo.
10 de janeiro de 2011
Rosas Murchas São Belas
Há quanto tempo as flores morrem aqui?
Mais solidão, sirva-se de uma pureza qualquer.
Os passos que aqui jaz estão perdidos
Todos nós já não sabemos como parar isto.
Viva! Mais forte a loucura destes pequenos e profundos olhos,
E quando tudo vai parar de me pedir que apenas,
Pare?
Não, creio que vou me dedicar a solidão deste lugar.
Não mais as flores desabrocham neste passado futuro
As rosas murcham e ainda estão belas.
Mais velha, mais bela, mais e mais, belas
Quando tudo isto irá desabar sobre o corpo?
Tão pequena, tão estridente
Ora!, um entre dentes?
Sorriso, sol com riso?
Tantas rimas, tantos fantasmas nestas pétalas.
O amante que aqui veio para amar a mulher
Rosas brancas que foram pintadas de vermelho quando o homem se sentiu traído
Tantas histórias guardadas nestas pétalas secas, tantas.
E por que então, deveríamos
Achar rosas murchas,
Feias?
Mais solidão, sirva-se de uma pureza qualquer.
Os passos que aqui jaz estão perdidos
Todos nós já não sabemos como parar isto.
Viva! Mais forte a loucura destes pequenos e profundos olhos,
E quando tudo vai parar de me pedir que apenas,
Pare?
Não, creio que vou me dedicar a solidão deste lugar.
Não mais as flores desabrocham neste passado futuro
As rosas murcham e ainda estão belas.
Mais velha, mais bela, mais e mais, belas
Quando tudo isto irá desabar sobre o corpo?
Tão pequena, tão estridente
Ora!, um entre dentes?
Sorriso, sol com riso?
Tantas rimas, tantos fantasmas nestas pétalas.
O amante que aqui veio para amar a mulher
Rosas brancas que foram pintadas de vermelho quando o homem se sentiu traído
Tantas histórias guardadas nestas pétalas secas, tantas.
E por que então, deveríamos
Achar rosas murchas,
Feias?
9 de janeiro de 2011
Medo
A boca seca.
O coração pulsa e machuca o peito
Tudo pede um pouco de paz,
E de novo as mãos tremem.
Acometida de novo desta moléstia?
O que sucede para que novamente
Um coração descrente queira sair
Do próprio corpo?
E mais uma vez
O estômago aperta
O corpo retraí em dor?
Medo?
E as lágrimas escorrem pela face pálida
Novamente a dor come o coração, a boca, a alma
Tudo!
Mais uma vez,
Temendo, morrendo, tremendo, alucinando,
Medo de sentir o canto da boca se puxar
Num tremendo
Sorriso.
O coração pulsa e machuca o peito
Tudo pede um pouco de paz,
E de novo as mãos tremem.
Acometida de novo desta moléstia?
O que sucede para que novamente
Um coração descrente queira sair
Do próprio corpo?
E mais uma vez
O estômago aperta
O corpo retraí em dor?
Medo?
E as lágrimas escorrem pela face pálida
Novamente a dor come o coração, a boca, a alma
Tudo!
Mais uma vez,
Temendo, morrendo, tremendo, alucinando,
Medo de sentir o canto da boca se puxar
Num tremendo
Sorriso.
7 de janeiro de 2011
Ônibus
Anda, e pas
Anda, e passa pela janela suja,
Ruas, prédios, lojas,
Farmácias, cemitérios,
Mais cemitérios.
Bocas insaciáveis
Para contar o feito da vizinha ou do amante.
Olhos loucos, perturbados?
Procurando algo que se possa pousar o olhar sem assustar.
Corpos frenéticos
Dançando ao barulho deste automóvel
Pedaços de carnes indo ao frigorífico.
Suados, sujos, cansados, maltratados.
Cabeças, inquietas.
Cabeças caindo de um lado pro outro
Outras batendo em outras cabeças.
Cabeças pensantes, cabeças estupidamente pensantes.
Mãos, erguidas, firmando-se.
Medo, medo.
Ninguém quer cair,
Ficar lá fora no escuro dá medo.
E minhas mãos e meu corpo
Tão fracos e estranhos,
Só pede, pede,
Por menos sufoco.
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